Artigo

A CRÍSE CRIADA E NEGADA PELO SEU CRIADOR.




Política Nacional hodiernamente é falta de vergonha na cara.

O PT está entre a cruz e a caldeirinha, de um lado, tem de aprovar as medidas de ajuste na economia. E pede aos partidos da base para engrossar a barreira de defesa das medidas.

Mas, na frente da opinião pública, o PT diz que os trabalhadores não podem suportar perdas. Sua intenção é a de aparecer como o grande braço de apoio dos trabalhadores.

Dois discursos. Duas caras. Quer assoviar e chupar cana ao mesmo tempo. Impossível. Mas o PT é mestre na arte da engabelação. Querem ver mais uma?

Os petistas, ao sair em defesa da Petrobras, liderados por seu braço sindical – a CUT – e pelos Movimentos dos Sem Terra – MST- fazem um movimento no RJ em defesa da Petrobras. O discurso é cheio de slogans: o petróleo é nosso – querem destruir a Petrobras – vamos proteger a Petrobras contra as forças do atraso.

E por aí vai. Mas há uma pergunta que continua no ar: e quem construiu o propinoduto que rouba os recursos da petroleira?

Respondo: o PT parece dizer que não tem nada a ver com isso. Estratagema clássico do PT. Leio que Lula estará presente ao ato do dia 13 que está sendo convocados em todo o Brasil..

O momento das crises que estamos vivenciando – econômica, política, social (manifestações de protesto), hídrica, energética, petrolão e de descrença geral – apontam para a saturação de uma era caracterizada por : invasão da coisa pública pelo negócio privado ; arrefecimento das ideologias; pasteurização partidária; declínio do Parlamento; desmotivação dos eleitores; improbidade administrativa; impunidade ou falta de rigor nas punições; quebra geral da ordem, do respeito às instituições e da moral; fragmentação dos núcleos familiares; despreparo de quadros; descrença na Justiça.

As razões do o que está por trás dessas crises? A fluidez do Estado; a imbricação de fronteiras entre os Poderes constitucionais; a transformação da política em profissão altamente rentável; a fragilidade dos mecanismos de punição; a morosidade da Justiça; a rotação de dirigentes e a cultura regada com a semente do fisiologismo, herdada dos nossos colonizadores. Mas há uma esperança: da crise, brota a oportunidade. No pântano, pode vicejar uma bela flor.

A questão é de quem vai pagar o pato, na realidade,não há sacrifício sem dor. O país começa a perambular em um calvário. Durará até quando? Vai entrar pelo ano de 2016. Sem dúvida. E as dores do sacrifício serão sentidas, mais uma vez, pelos corpos mais frágeis. No caso, os contingentes que já sofrem as agruras de tributos e impostos em cascata.

Simulemos um debate sobre ética na política entre parlamentares e o senador Rui Barbosa. O mestre lhes diria: Não há nem pode haver aliança entre a política e os meus interesses privados. A política é e será sempre a inimiga da minha prosperidade profissional. O parlamentar poderia retrucar: Ética é fidelidade aos amigos. Outro arremataria: Aos amigos, pão, aos inimigos, pau.

O velho Mestre, Advogado,Parlamentar  Rui, no troco, lembraria trecho do discurso de 26/12/1901, que bem poderia servir de conselho a muitos dos nossos representantes:

Vespasiano dizia que, para um imperador, decência é morrer de pé, decência é cumprir bem o seu papel“.

Refletir é necessário!!